Misture
um punhado de francês com uma medida de espanhol, pimenta, feijão
vermelho, carne de crocodilo, mexa com muito suingue africano e pronto...você
tem New Orleans!
Eu confesso que por muito tempo viajar para
os Estados Unidos era absolutamente secundário
para mim. País novo, sem a tradição secular européia...Mas, com o tempo fui
encontrando a bossa dessa terra e vendo que mais além do consumismo e tal, é um país com lugares incríveis, História e cultura. Minha atual
temporada nos EUA vai gerar muitos posts bacanas pois inclui Miami e Boca
Ratón, New Orleans, Chicago, New York...e pode pintar mais alguma surpresa por
aí.
Nova Orleans se tornou uma das cidades
americanas que eu mais gostaria de
conhecer. A tradição musical, a mistura
de diferentes etnias, tudo isso só podia dar samba...quer dizer, jazz e blues!
Meu desejo era viajar da minha base na Flórida
pra lá em trem ou mesmo ônibus, para ir contemplando um pouco da paisagem
sulista, mas o enorme tempo de viagem me fez mudar de idéia. Os EUA não possuem
um sistema ferroviário completo como encontramos na Europa, o que me fez ter que escolher o avião mesmo. O voo Fort Lauderdale-New
Orleans fez uma escala em Dallas (um dos maiores aeroportos que já vi na vida)
e finalmente pouco tempo depois estávamos fazendo a aproximação ao aeroporto
Louis Armstrong e já se podia vislumbrar as águas do lendário rio Mississipi lá
de cima.
Em apenas
meia hora na cidade descobri o picante que é a comida deles. Foi o tempo
de fazer o checkin no hostel e sair para comer algo, pedir uma porção de
crocodilo empanado e precisar de 2 garrafas de água para aplacar o fogo. O
negócio é forte, e olha que eu gosto de uma pimentinha! É a famosa culinária “Cajun” cujo nome vem dos
franceses que colonizaram a Nova Escócia, no
Canadá, então chamado Acádia (daí apocopado para "Cajun"). Já
o termo "Créole" tem origem nos imigrantes das colônias francesas nas
Antilhas, a Martinica e o Haiti, que chegaram no século XVIII.
Além da água,
a melhor saída foi tomar uma cerveja. E veio bem a calhar pois anoitecia
e pelas ruas já se escutava som de música ao vivo nos inúmeros pubs. Todos pedem
carteira de identidade (no 1º me senti o máximo, pensei que era um elogio mas
não...é a regra mesmo rsrs) e não se cobra entrada, mas você tem que consumir no mínimo 1 drink por set musical. A boa é ir
pulando de bar em bar, curtindo um som aqui, outro ali. Minha 1ª investida até
mesmo antes dos bares foi logo o tradicional Preservation Hall, que apresenta
shows de traditional jazz bien old school
às 20, 21 e 22h.
Uma dica importante para quem vai lá
realmente curtir o jazz e blues e tem mais de 30, a famosa Bourbon street é
bacana de dia com os inúmeros artistas de rua e de alta qualidade que se
apresentam “passando o chapéu” (tips), mas à noite dá lugar a uma garotada
doida pra meter o pé na jaca e a maioria dos bares toca rock pop, com raras exceções
como o Fritzel’s European Jazz Club, que é ótimo. Se você quiser curtir o lado
mais cool da noite de Nola – apelido da
cidade – tem que ir para a Frenchmen street. Ali a melhor pedida foi o Spotted
Cat bar e a Brass Band que toca pela rua mesmo, maravilhoso!
Uma das coisas que mais me marcou foi a
sincera amabilidade do povo de lá. As
pessoas te cumprimentam, no mínimo com um sorriso, mesmo sem nunca ter te visto.
E muitas vezes vai mais além, com um “olá, como vai?”. Eu havia observado isso
ainda no bus que me trouxe do aeroporto, via como quase todos que se cruzavam
na rua se sorriam e logo que passei a caminhar por ali tive a sorte de ser
parte desse hábito tão legal.
Nos dois bares nos quais entrei por mais de
uma vez o sorriso veio com um “que bom, você voltou!”, em outro momento um
garçon daqueles que ficam na frente do restaurante oferecendo almoço, mesmo sem
eu ter acedido entrar, me trouxe um mapa da cidade e me deu a dica da Frenchmen
para ir escutar boa música. São pequenos grandes detalhes que fazem um lugar
mais ou menos agradável, e os new orleanienses
rsrs fizeram eu gostar ainda mais dali.
Ficar no French Quarter é melhor pois as
principais atrações da cidade estão à mão e a vibe é ficar perambulando por
ali, Bourbon Street, Plaza de Armas, Royal Street, Frenchmen, etc. Para o lado
do French Market tem a avenida Esplanade que é bem tranquila e boa para
contemplar belas casas tradicionais que parecem saídas de um romance.
Mais além do quarteirão francês vale também cruzar
a Canal Street que delimita o setor antigo e dar um rolê pelo Art District e
Lafayette, é interessante ver o centro de negócios da cidade da qual geralmente
só se conhece a imagem do casario.
Fiz o passeio no barco a vapor Natchez,
original de 1925. É bacana a sensação de navegar pelo rio Mississipi, ainda que
o passeio seja curto mas acho que vale a experiência. Eu optei pelo ingresso
com almoço (feijão vermelho, arroz, peixe, salada de batata, pudim e suco – bem
parecido ao Brasil né?) e é claro que havia música a bordo : )
Dali, a começar a night no Carousel Bar do
Hotel Montelelone (um hotel chique na Royal St. onde todos são muito bem-vindos)
ou no Café Beignet (um pátio ao ar livre que tem jazz durante todo o dia); no
primeiro provei uma cerveja local Nola Brown Ale – deliciosaaa – e no segundo o
famoso drink Hurricane que dizem que é original da cidade. Ah, também tem o
Pátio O’Brien, onde pedi uma sopa de tartaruga – picante paracarambaaaa. Só
outro Hurricane pra salvar!
Quando eu falo “começar a night” me refiro a
umas 16:30-17h...nesta época do ano escurece cedo e aí...todos os gatos são
pardos! Minha saideira foi justamente numa sexta, até então eu vinha curtindo
tudo sozinha apesar de ter estabelecido papo com uns chilenos no hostel, mas essa
tarde me apresentou o Kurt, um sul-africano/australiano ainda mais sociável do que
eu, e passei umas dicas do que já havia experimentado por ali. Tentamos
arrastar um esloveno que também estava solitário, mas ele não aguentou o ritmo...So let’s go party! Fomos a cerca de 5
bares com muito mais de 1 drink por set musical, e esta viajante rezou para o
avião não balançar muito na manhã seguinte...meu próximo destino era Chicago,
mas saí dali já com saudades daquele fundo musical e dos sorrisos cativantes do
simpático povo da Louisiana. Cheers Nola!
>en
español
Mezclá un
puñado de francés con un poco de español, pimienta, red beans, carne de
cocodrilo, revolvé con una buena movida africana y listo ... tenés a Nueva Orleans!
Confieso
que durante mucho tiempo viajar a los Estados Unidos era absolutamente
secundario para mí. País nuevo sin la tradición de Europa ... Pero con el
tiempo le encontré la gracia y vi que
más allá de consumismo tiene lugares increíbles, Historia y cultura. Mi actual
temporada en los EE.UU. va a generar muchos posts copados pues incluye Miami y
Boca Raton, Nueva Orleans, Chicago, Nueva York... y puede aparecer alguna
sorpresa más.
Mi deseo
era viajar desde mi base en Florida en tren o autobús, para ir contemplando los
paisajes del sur, pero el enorme tiempo de viaje me hizo cambiar de opinión.
Los EE.UU. no tienen un sistema ferroviario completo como en Europa lo que me
obligó a elegir el avión. El vuelo Fort
Lauderdale-Nueva Orleans tuvo una parada en Dallas (uno de los aeropuertos más
grandes que ya vi) y finalmente un poco más tarde estábamos bajando hacia el aeropuerto Louis
Armstrong y ya se veían las aguas del legendario río Mississippi desde arriba.
En tan
sólo media hora en la ciudad descubrí el picante que es su comida. Trás hacer
el check-in en el hostel salí a comer algo, pedi una porción de carne de
cocodrilo y necesité 2 botellas de agua para apagar el fuego. Es la famosa
cuisine "Cajun" cuyo nombre proviene de los franceses que colonizaron
Nueva Escocia, Canadá, en esse momento llamado Acadia (de ahí el apodo
"Cajun"). Ya el término “Créole” o "criollo" viene de los
inmigrantes de las colonias francesas en las Antillas, Martinica y Haití, que
llegaron en el siglo XVIII.
Además del
agua, la mejor solución era tomar una cerveza. Y vino muy bien la idea pues al
caer de la tarde por las calles ya se escuchaba el sonido de la música en vivo
en los pubs. Todos te piden el dni para controlar que tengas más de 18 años y
no cobran entrada pero hay que consumir al menos un trago por cada bloque
musical. Lo bueno es ir saltando de bar en bar, disfrutando de uno aquí y otro
allá. Mi primera elección, incluso antes de los bares fue el Preservation Hall
que presenta conciertos curtos de jazz tradicional.
Un consejo
importante para aquellos van a la ciudad para realmente disfrutar del jazz y el
blues: la famosa Bourbon street está buena durante el dia con los muchos
artistas de alta calidad que presentan por las calles pero a la noche dan paso
a grupos de chicos que van por pura joda y la mayoría de los bares pasan musica
pop rock, con raras excepciones como el Fritzel’s European Jazz Club que es muy
bueno. Si quieres disfrutar de la parte más cool de la noche de Nola - apodo de
la ciudad – hay que ir a Frenchmen street a disfrutar de los excelentes Spotted
Cat bar y las Brass Bands que tocan por las veredas, entre otros, maravilloso!
Una de las
cosas que más me llamó la atención fue la amabilidad de la gente. Todos te
saludan al menos con una sonrisa sin haberte jamás visto. Y a menudo van más
allá con un "hola, ¿cómo estás?". Yo había observado desde el autobús
que me llevó del aeropuerto al hostel como casi todos los que se cruzaban por
la calle sonreían mutuamente y pronto tuve la suerte de ser parte de esa
costumbre tan simpática.
En los dos
bares dónde entré más de una vez fui recibida con un "que bueno, que estás
de vuelta!" En otra ocasión un camarero los que están en frente de los estaurantes
ofreciendo almuerzos me trajo un plano de la ciudad y me dio la recomendación
de Frenchmen st. para ir a escuchar buena música. Son pequeños pero importantes
detalles y los new-orleanienses me encantaron.
Alojarse
en el French Quarter es mejor porque estás al lado de las principales
atracciones de la ciudad, Bourbon Street, Plaza de Armas, Royal st., etc. Al
lado del French Market está la avenida Esplanade adónde se pueden contemplar
bellas residencias en estilo sureño de EEUU.
Más allá de
eso vale tambien cruzar la Canal Street, avenida que bordea el sector viejo y conocer
el Distrito de Arte y Lafayette, es interesante ver el centro de negocios de la
ciudad que por lo general sólo se conoce la imagen del barrio antiguo.
Hice el
paseo en el barco a vapor Natchez, original de 1925. Es agradable la sensación
de navegar el río Mississippi, aunque el viaje es corto, pero creo que vale la
pena la experiencia. Yo he optado por el billete que incluia el almuerzo
(frijoles rojos, arroz, pescado, ensalada de patatas, pudín y jugo - muy similar
a Brasil) y por supuesto, había música a bordo :)
A la
tardecita lo mejor es ir a empezar la noche en el bar del hotel Carousel
Monteleone (un hotel de lujo en el Royal St. donde todos son bienvenidos) o en
el Café Beignet (un patio al aire libre con jazz todo el día); en el primero
probado una cerveza local Nola Brown Ale - deliciosaaa - y en el otro la famosa
bebida Hurricane. Ah, también está el Patio O'Brien, donde le probé la sopa de
tortuga - picaaaaaante. Sólo otro Hurricane para salvarme!
La movida
arranca eso de las 16: 30-17h ... en esta época del año oscurece temprano y
luego... party on! Mi ultima noche en Nola se dió justo un viernes. Hasta
entonces yo había estado disfrutando todo sola a pesar de haber establecido charla
con unos chilenos en el hostel, pero esa tarde apareció Kurt un sudafricano /
australiano aún más sociable que yo jaja le pasé algunos consejos de lo que ya
había experimentado allí. “Vamos a Frenchmen?” Invitamos a un esloveno que
tambien viajaba solo pero no nos siguió el ritmo jaja ... Fueron unos 5 bares
con mucho más que 1 trago por set musical, y esta viajera rezaba para que el avión
no se moviera nada la mañana siguiente ... mi proximo destino era la increíble Chicago
pero ya sali de Nola extrañando las sonrisas de la gente amable de Louisiana. Inolvidable.
Cheers!
Muito bom esse capítulo de Nola. Fica uma vontade enorme de ir até lá.
ResponderEliminarÉ uma cidade muito alto astral!! Adoreiiii
Eliminar